Jogadora Lara "Goddess" Baceiredo - Foto do arquivo pessoal da pro player produzida pela equipe Draft5

O dia a dia do um atleta de esporte eletrônico não envolve apenas jogar, é necessário ter horários de treino e acompanhamento da organização. Para quem está começando pode ser mais difícil, porém fazer um planejamento de carreira e de agenda é essencial para alcançar os resultados que almeja.

A jogadora do time Black Dragons, Lara “Goddess” Baceiredo, explica que cada time tem uma dinâmica diferente, mas no seu time atual ela e as outras pro players treinam de 6 a 9 horas por dia juntas e, também, precisam treinar sozinhas para entender as necessidades individuais. “A minha rotina é essa, eu tenho que fazer o treino individual antes de treinar com a equipe, para chegar um pouco pronta.”

Goddess faz um alerta com relação ao planejamento de carreira, pois um atleta de eSport geralmente tenta entrar em times ainda na adolescência e caso a pessoa queira fazer uma faculdade tem que ser bem pensado. “Tem colegas que eu sei que não fizeram um plano B, então não fizeram uma faculdade. Por que o acontece é que para ser pro player não dá para você começar muito tarde.” Ela exemplifica a questão de realizar uma faculdade para mostrar o porque não dá para começar a carreira de pro player tarde. “Se você for fazer uma faculdade de 5 anos e depois começar sua carreira (de jogadora) com 25 ou 26 anos nem sempre é uma boa escolha. Então, geralmente o pessoal abdica (da faculdade).”

Imagem do arquivo pessoal de Lara "Goddess" Baceiredo

A assessora de imprensa, Branca Galdino, acompanha o dia a dia de vários atletas de esporte eletrônico e de streamers. Geralmente, ela auxilia eles no cotidiano e nas apresentações em público. Ela fala que como alguns precisam mudar de cidade deixando a família acaba que ela fica bem próxima deles auxiliando de várias formas. "É muito comum em um evento como esse (BGS 2019) por dia eu dou uns 20 á 30 abraços de ex-jogadores, jogadores e influenciadores que me conhecem, como eu já tive algum contato com eles, eles acabam me achando daí vem pede um remédio, outro vem pede um chiclete, outro vem pegar água."

Isso mostra como nem sempre é fácil o dia a dia de um pro player, para conquistar uma carreira de sucesso, principalmente aqui no Brasil onde o esporte eletrônico ainda está crescendo.